O maior calote que já tomei, Design Gráfico

O maior calote que já tomei, Design Gráfico

Esta é uma história verídica. Uma lição de vida e de erros que você não deve cometer.

Essa história me ensinou 2 lições que aprendi da pior forma possível e que vou te ensinar.

Sou j1711, bem-vindo ao Quadrante 28 Alfa.

Se você quiser aprender tudo o que aprendi em 12 anos, se inscreve  lá no nosso canal manda esse post para outros criativos.

Primeiro projeto

Tudo começou com um daqueles clientes que dizem que vai fazer mais materiais depois. Que tem muito serviço para te passar, que tem a empresa da mulher, da filha, do cachorro.

Cheio de ideias, falando como podemos fazer vários materiais, site, modernizar a identidade visual, chamando para tomar café sempre e pagando por isso.

O primeiro serviço foi criar um anúncio de revista, um outdoor e o layout do site e mandar para os programadores.

Maravilha, tudo pronto, pagou certinho, sem problema.

Hoje percebo que ele tentou me enrolar, mas na época fiquei felizão e não me atentei.

Preciso de um catálogo de semijoias.

Começamos a conversar e ter ideias.

Ele começou a falar que ia me levar para conhecer a fábrica em São paulo.

Que ia ter que fazer foto de mais de 300 peças e eu já achando que ia fazer meu primeiro trabalho grande.

Fui para a cidade onde era a fábrica, ficamos num hotel, tudo por conta dele, não paguei nem pelo espetinho que comemos a noite.

Até aí beleza, mas eu ingenuo, com pouca experiencia, nem toquei no assunto de fazer contrato, nem de quanto ia cobrar.

Muito menos de quando ia receber algo.

Porém, como ele tava pagando por tudo e eu já conheci a fábrica. Pensei, ele tem grana e vai me pagar certo, ele pagou o site a vista, porque não pagaria por isso?

Detalhe, eu não tava contabilizando esses dias que perdi para ir la conhecer a fábrica e não estava produzindo nada para outros clientes.

Voltamos para a minha cidade

Assim que chegamos ele me apresentou para um cliente dele e me indicou.

Além da experiência que ganhei com toda essa situação, essa foi a única coisa boa que recebi desse caloteiro.

Pois, esse cliente que ele me indicou é um dos clientes mais finos e um dos melhores que tenho até hoje, virou meu amigo e gosto demais dele.

Assim que chegamos na minha cidade e ele me apresentou esse cliente. Combinamos de eu ir para Curitiba para fotografar as semijoias e a modelo para fazer o catalogo.

Olha só mais um ponto que me fez confiar nele, ele pagou a passagem de avião da minha cidade para Curitiba para o dia seguinte.

Beleza, os olhos já comeram a brilhar por que eu realmente tava fazendo meu primeiro trabalho grande.

Começamos o projeto

Fui para Curitiba, fiquei uma semana na casa desse meu cliente. Que o caloteiro me apresentou!

Fomos para o depósito diariamente das 8 as 6 fotografando e editando peça atrás de peça.

Fotografei a modelo nessa mesma semana e voltei para minha cidade.

Comecei a trabalhar dia e noite editando foto, feito um louco. Além disso, não tinha ninguém para me ajudar e queria fazer tudo sozinho, grande erro.

O catalogo era para ser de umas 30 paginas ou mais, eu já nem lembro mais.

Comecei a criar o catalogo e levei umas 5 paginas para ele ver, na hora: ele adorou, chamou a esposa para ver, disseram que ficou lindo.

Chegou a minha vez de ficar feliz

Chamei para conversar sobre o pagamento no dia seguinte.

Foi aí que percebi que ele queria me enrolar. Ele falou que não gostou do material, que não tava do jeito dele.

Lembro que nesse dia fiquei bravo e respondi ele, falei:

COMO ASSIM VOCÊ NÃO GOSTOU, ONTEM CHAMOU ATÉ SUA MULHER PARA VER, FALOU QUE ADOROU E AGORA DISSE QUE NÃO GOSTOU.

Fiquei bravo mesmo!

Aí ele quis amenizar e falou que gostou de novo, foi aí que eu me liguei.

Perguntei do pagamento, como ele queria fazer. Combinamos de fazer um fee mensal, um pagamento mensal por 6 meses para eu prestar vários serviços para ele.

Me acalmei e concordei, perguntei se ele tinha algum problema em me pagar 20% de BV.

Se você sabe ou não sabe o que é BV comenta aqui embaixo.

Ele disse que não, perguntei se podia fazer o contrato ele disse que podia, então voltei a confiar nele.

Essa parte é mais legal dessa história e junto com ela duas lições incríveis que aprendi e vou te ensinar.

Dia do colote

No dia seguinte, eu levei o contrato pronto, sentei a mesa e pedi para ele ler e assinar.

Ele começou a enrolar e disse que não ia.

Falei que: ou ele assinava e me pagava o valor combinado ou ele teria que arrumar outra agência para fazer o trabalho dele e levantei.

Ele falou, senta aí vamos conversar.

Sentei já preparado para ir embora e respondi: O senhor vai assinar ou não?

Ele disse: não

Levantei de novo, disse então o senhor que arrume outra agência para fazer o seu trabalho, virei as costas e fui embora.

As 2 lições

Primeiro: FAÇA UM CONTRATO PELO AMOR.

Não trabalhe sem um contrato nunca, se for trabalho pequeno, combine os valores e formas de pagamento por texto antes de começar o projeto.

Preto no branco, não faça isso por áudio nem por ligação.

Imagina você numa audiência falando para o juiz:
E aí alteza, o senhor pode ouvir o áudio do meu cliente concordando com o valor que ia me pagar.

Seja profissional, lembre-se.
Você é um profissional de alta performance!

A segunda lição que eu também falo no post que deixei aqui.

Se o seu cliente não te respeita, demita-o, levante-se e vá embora!

Uma das únicas coisas que o dinheiro não compra é tempo, seja objetivo e decisivo.

Somos a maior resistência de criativos do mundo.
Se inscreve aí e manda para pelo menos um criativo que você conhece.

Sou J1711 e esse é o nosso Quadrante 28 Alfa.